ESTOU COM CÂNCER DE MAMA. E AGORA?

Respondendo a algumas perguntas de uma seguidora do Simplifique, fizemos um post especial sobre algumas dúvidas sobre o câncer de mama.

Estou com câncer de mama. E agora?

No Simplifique, você encontrará respostas para essa e muitas outras perguntas e dúvidas, além de orientações de como gerenciar o tratamento. Entretanto, este conteúdo não substitui, de forma alguma, as orientações de seu médico.

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Atualmente, muitos tipos de câncer são curados, desde que tratados em estágios iniciais, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.  Por isso a importância de alguns exames preventivos para detectar o câncer mais precocemente possível.

O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente.

O prognóstico para mulheres com câncer de mama varia de acordo com o estágio da doença. Em geral, as taxas de sobrevida são maiores para as mulheres com câncer de estágio inicial. Mas lembre-se, o prognóstico para cada mulher é específico para suas circunstâncias.

  • A taxa de sobrevida em 5 anos para mulheres com câncer de mama estágio 0 ou estágio I é perto de 100%.
  • Para mulheres com câncer de mama estágio II, a taxa de sobrevida em 5 anos é 93%.
  • A taxa de sobrevida em 5 anos para câncer de mama estágio III é de 72%. Mas muitas vezes, as mulheres com esses cânceres de mama podem ser tratadas com sucesso.
  • Os cânceres de mama que se disseminaram para outros órgãos são mais difíceis de serem tratados e tendem a ter um pior prognóstico. Os cânceres de mama metastáticos ou em estágio IV têm uma taxa de sobrevida relativa de 22% em 5 anos. Ainda assim, existem muitas opções de tratamento disponíveis para mulheres com câncer de mama neste estágio.

Lembre-se, essas taxas de sobrevida são apenas estimativas, não podem prever o que acontecerá no caso específico de cada paciente. Somente seu médico pode dizer se os números se aplicam ao seu caso.

Hoje dispomos de vários tipos de tratamento desde cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e hormonioterapia.

Mas estudos recentes têm mostrado que o futuro do tratamento oncológico será através da imunoterapia, a qual trabalha fortalecendo o sistema imunológico, ou seja, ela não destrói as células tumorais diretamente como age a quimioterapia, mas sim estimula o próprio sistema imunológico da pessoa para que ele faça isso, destruindo, assim, o tumor.

Porém, não são todos os casos de câncer de mama que podem utilizar este tipo de tratamento. A escolha varia de acordo com a classificação do tumor e estágio.

Os tratamentos não são iguais só por serem do mesmo estágio. Há inúmeras variáveis que interferem na escolha do tratamento.

Assim, não há um tipo de medicamento específico ou combinação de medicamentos para cada estágio. A escolha se dá através das diversas classificações como o estadiamento (tamanho e localização do tumor, disseminação), o grau que determina se o crescimento do tumor é lento ou rápido, se o tumor é hormônio-dependente ou não, ou seja, se surgiu devido ao descontrole hormonal e quais hormônios foram responsáveis pelo desenvolvimento do tumor, se é genético, ou hereditário. Enfim, são inúmeros fatores que influenciam na escolha do tratamento.

Assim, nem sempre um medicamento novo ou um tratamento que um conhecido realiza será eficaz para você, pois mesmo sendo um tumor com a mesma localização possui particularidades específicas em cada pessoa.

Você é um ser único e assim deve ser tratado de maneira particular.

Converse com seu médico e juntos irão descobrir qual o melhor tratamento indicado para seu caso.

Renata Mattos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (Unesp) desde 2006. Voluntária em projetos sociais de apoio ao paciente com câncer. Enfermeira-chefe do Instituto de Oncologia de Mogi das Cruzes-SP de 2009 a 2019. Atuou como docente de Enfermagem na Universidade de Mogi das Cruzes e hoje dedica-se a projetos pessoais no auxílio ao paciente com câncer e seus familiares com o auxílio de terapias holísticas e integrativas como aromaterapia e ayurveda.
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