DIAGNÓSTICO DE CÂNCER

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Não é comum o paciente procurar um oncologista por achar que “está com câncer”. Ao procurar um médico, ele não sabe ainda a natureza da sua doença e, assim, não procura diretamente um especialista. Para se ter uma ideia, 70% dos diagnósticos de câncer são feitos por médicos não-cancerologistas como, por exemplo, dermatologistas, ginecologistas e gastroenterologistas. Esse dado evidencia a importância desses profissionais no controle da doença.

O médico chega a uma suposição diagnóstica por meio de várias etapas, durante as quais deve proceder a uma análise cuidadosa, com base principalmente em seu conhecimento do caso e da doença, olhando sempre o paciente como um todo, não se restringindo à sua especialidade.

Alguns sintomas específicos costumam levantar hipóteses de um possível diagnóstico de câncer, como crescimento anormal de uma parte do corpo, perda de peso ou sangramento inesperado na urina ou nas fezes.

A anamnese (entrevista médica) e o exame físico são a base do diagnóstico clínico e constituem os elementos orientadores da indicação de exames complementares.

Na busca de um diagnóstico são utilizados recursos tecnológicos como tomografias computadorizadas, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas e exames laboratoriais gerais e específicos, além dos exames físicos (sinais e sintomas do paciente).

A confirmação do câncer quase sempre requer a retirada, por meio de cirurgia, de uma pequena amostra de tecido do órgão sob suspeita para análise em microscópio (biópsia). Pode ser necessária a realização de vários exames específicos da amostra para se caracterizar o câncer de um modo mais detalhado. Constatada a malignidade da doença, entra em cena um novo especialista, o oncologista clínico. Esse especialista será o responsável por indicar os possíveis tratamentos e participará de todas as decisões relevantes do processo.

Para a realização de um correto diagnóstico de câncer é imprescindível compreender que existem muitos tipos de câncer e que esses tipos podem acometer vários órgãos, isso só confirma que existem tipos diferentes de tratamentos para tipos diferentes de câncer, e é por isso que a determinação do tipo específico é de grande importância, já que cada tipo de câncer segue um padrão específico de crescimento e disseminação.

São múltiplas as finalidades dos exames complementares na área da oncologia. A solicitação destes exames visa a avaliar o tumor primário, as funções orgânicas, a ocorrência simultânea de outras doenças e a extensão da doença neoplásica (estadiamento – como você pode entender melhor clicando aqui). Além disso, os exames complementares são indicados para detecção de recidivas (quando o paciente tem uma recaída/retorno da doença), controle da terapêutica e rastreamento em grupos de risco. Os exames utilizados para diagnosticar e estadiar o câncer são, na maioria, os mesmos usados no diagnóstico de outras doenças. Assim é que os exames laboratoriais, de registros gráficos, endoscópicos e radiológicos, inclusive os ultra-sonográficos e de medicina nuclear, constituem meios pelos quais se obtêm a avaliação anatômica e funcional do paciente, a avaliação do tumor primário e suas complicações locais, regionais e à distância.

Deve-se avaliar cuidadosamente uma série de fatores antes da solicitação dos exames complementares, pois a realização de múltiplos exames não significa, obrigatoriamente, maior acerto diagnóstico.

É importante lembrar que, conforme já mencionado, os exames devem ser solicitados de acordo com o comportamento biológico do tumor, ou seja, o seu grau de invasão e os órgãos para os quais ele origina metástases, quando se procura avaliar a extensão da doença.

Finalizado o diagnóstico, o médico define a melhor opção de tratamento para cada paciente.

Acompanhe nos próximos posts os diversos métodos diagnósticos para detecção precoce do câncer ou confirmação da doença já instalada.

Fique por dentro! Simplifique!

Renata Mattos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (Unesp) desde 2006. Voluntária em projetos sociais de apoio ao paciente com câncer. Enfermeira-chefe do Instituto de Oncologia de Mogi das Cruzes-SP de 2009 a 2019. Atuou como docente de Enfermagem na Universidade de Mogi das Cruzes e hoje dedica-se a projetos pessoais no auxílio ao paciente com câncer e seus familiares com o auxílio de terapias holísticas e integrativas como aromaterapia e ayurveda.
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