PESQUISADORES UTILIZARÃO NANOROBÔS QUE CAÇAM E DESTROEM CÉLULAS CANCERÍGENAS EM PACIENTE TERMINAL COM LEUCEMIA

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A nanotecnologia na medicina vem sendo comemorada como uma tecnologia revolucionária. De fato tem o potencial de mudar quase todas as áreas da sociedade.

A nanotecnologia envolve a propriedade de manipular estruturas em nanoescala, sempre em tamanhos muito reduzidos, algo como frações de um fio de cabelo. De forma passiva, a nanotecnologia vem sendo usada em produtos como cosméticos e protetores solares, e é esperado que nas próximas décadas, uma nova geração de produtos como baterias e equipamentos eletrônicos sejam desenvolvidos em nanoescala.

Os efeitos da nanotecnologia promete benefícios enormes na alma da Medicina. E já está sendo usada como base para novas e mais efetivas drogas que apresentam um novo meio de disponibilizar o princípio ativo no tecido onde ele é necessário (drogas para regeneração nervosa vem sendo desenvolvidas com base nessa tecnologia). Além disso o NCI (National Cancer Institute – EUA), criou a “Aliança para nanotecnologia para o Câncer” na esperança de que os investimentos nessa área da medicina possam levar a quebra de paradigmas na detecção precoce, diagnóstico e tratamento de vários tipos de câncer. As evoluções na Nanotecnologia Médica serão tão vastas e poderão potencialmente salvar um sem número de vidas. Na fase atual, a nanotecnologia está mudando de uma forma passiva para uma forma ativa. Com isso teremos, em breve, drogas mais específicas e mais “inteligentes”. Essas novas drogas estão demonstrando efeitos colaterais menores e maior eficiência que as drogas tradicionais. No futuro, a nanotecnologia poderá atuar inclusive na formação molecular que podem se assemelhar muito com organismos vivos. Essas estruturas moleculares podem ser a base para a regeneração ou reposição de tecidos que foram perdidos devido a infecção, acidente ou doença. Essas previsões para o futuro significam muito, não apenas no encorajamento da pesquisa de desenvolvimento, mas também ao determinar meios de vigiar /observar essa nova tecnologia.

Recentemente foi publicado um estudo sobre a criação de nanopartículas capazes de combater células cancerígenas – os nanorobôs. Eles podem caçar e destruir tumores pelo corpo.

O desenvolvimento deste promissor processo de identificação e combate à doença foi possível graças à instalação de um módulo de reconhecimento de tumores em nanorobôs. Estes pequenos caçadores inteligentes injetam drogas somente em células acometidas por câncer, destruindo, desta forma, os tecidos doentes.

O futuro chegou e a nanotecnologia no combate ao câncer finalmente será utilizada.

Pesquisadores utilizarão nanorobôs que caçam e destroem células cancerígenas em paciente terminal com leucemia. O paciente receberá uma injeção de nanorobôs construídos com material genético e desenvolvidos para destruir células cancerígenas.

O procedimento está sendo desenvolvido por uma equipe de médicos da universidade Bar-Ilan, em Israel, e já foi testado com sucesso em animais.

O paciente recebeu de seus médicos uma estimativa de até seis meses de sobrevivência, considerando o estágio de sua leucemia.

Baseados nos testes com cobaias, os pesquisadores esperam que o câncer seja removido em um mês pelos robôs, que são capazes de identificar e matar células cancerígenas sem afetar as células saudáveis.

Até agora, durante os testes realizados, os robôs conseguiram reconhecer doze tipos de câncer, incluindo leucemia e tumores sólidos.

No procedimento, cerca de um trilhão de robôs de 50 nanômetros, construídos com DNA molecular, são injetados no paciente. Cada um deles tem capacidade computacional de um computador de 8-bit, equivalentes a um Nintendinho.

Os nanorobôs podem caçar e combater células cancerígenas, além de realizarem operações computacionais dentro de um organismo vivo, controlados pelo controle remoto de um Xbox.

“Essa é a primeira vez que uma terapia biológica foi capaz de reproduzir como um processador de computador funciona”, afirma Ido Bachelet, pesquisador-chefe do Instituto de Nanotecnologia e Materiais Avançados da Universidade Bar Ilan.

Dentro do corpo do paciente, o desafio dos nanorobôs será sobreviver à resposta do sistema imunológico gerada pela entrada de corpos estranhos no organismo.

Caso o tratamento funcione, os pesquisadores israelenses devem estender o procedimento para outros tipos de doença. A ideia é fazer com que remédios e drogas sejam transportados pelo nanorobô diretamente para a célula afetada, aumentando a eficácia de um procedimento médico.

Vamos ficar na torcida para que a nanotecnologia venha simplificar o tratamento dos pacientes!

 

 

 

Renata Mattos
Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho (Unesp) desde 2006. Voluntária em projetos sociais de apoio ao paciente com câncer. Enfermeira-chefe do Instituto de Oncologia de Mogi das Cruzes-SP de 2009 a 2019. Atuou como docente de Enfermagem na Universidade de Mogi das Cruzes e hoje dedica-se a projetos pessoais no auxílio ao paciente com câncer e seus familiares com o auxílio de terapias holísticas e integrativas como aromaterapia e ayurveda.
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